Esta é uma história de extremos e contém não só os montros mais pesados e negros que possamos encontrar como também umas gigantes redondos com tamanhos super-cosmológicos. E nada disto é ficção científica (vejam aqui)!
Mas de onde é que vêm estas personagens cosmológicas? Vamos por partes. O ponto de partida são umas partículas hipotéticas chamadas axiões que que uma boa parte da comunidade científica acredita existirem. Em certos aspetos estes axiões comportam-se como se vivessem no areal da praia. Esticam a toalha, sentam-se na imensidão de micropedras de que é feita a areia e aí permanecem a contemplar as marés altas e baixas do universo em expansão. Com o passar do tempo, os buracos na areia onde os axiões se sentaram vão ficando maiores e os axiões vão ficando presos nos sucalcos. Não têm força nem pá, para se levantarem e aí permanecem cada vez mais enterrados.
No entanto, em alguns raros casos, os axiões ficam presos entre dois buracos na areia. O tronco num e as pernas noutro, por exemplo. Os buracos vão ficando fundos e parede entre eles cada vez maior. Enquanto os axiões que caíram num só buraco foram desaparecendo na paisagem costeira, os que ficaram presos entre dois buracos permanecem com uma parte do corpo à superfície. sujeita a grande tensão é certo. Estas configuração exótica e sujeita a grande tensão é muito análoga àquilo que chamamos paredes de domínio cosmológica.
Quando a maré cheia chega, o mar sobe e desfaz a maioria das paredes numa mistura de grãos de areia e axiões de matéria escura. No entanto, algumas das paredes são tão grandes e tão energéticas que nem o mar as consegue destruír e tornam-se uma espécie de rocha compacta. Na história real, estas rochas são buracos negros e são tão tão pesados que as suas massas são superiores a toda a massa que está na galáxia. Imaginem!
Serão estes buracos negros hiper-maçicos fossem a prova da existência de axiões? Como podemos testar a sua existência?
Não percam os próximos episódios desta história!